Um homem gentil - Jardim das delícias, coluna site Revista da Cultura

Aqui, um homem gentil, mais de alma. Gentileza que por vezes é tomada equivocadamente por fraqueza. Em um mundo onde os papeis se tornaram indefinidos, algo de príncipe talvez ainda se espere de um homem. Que seja forte e impositivo, ainda que tombe, infeliz, do alto de seu cavalo branco. Mesmo que não seja uma princesa, esta mulher. Não. Nada de Diana e Catherine, das princesas da Disney com jeito de Barbie. Não. O texto é uma variação de Wholeheartedly mas em lugar de uma mulher como protagonista, agora um homem. O que muda? Por quê? Penso em Martin Donovan de “Confiança”, de Hal Hartley, que, apesar da aparência tão pacífica, carrega consigo uma granada no bolso. Just in case... Um homem gentil Ele vaga pelo supermercado. Indeciso e irritado pela dúvida. Aspargos frescos podem ser pretensiosos. Caro, o queijo de cabra. Banais, as abobrinhas italianas. Sensato seria confiar. Se sempre soube inventar mesmo a partir de sobras na geladeira. Bruschettas de ...