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Histórias terceirizadas 1

História terceirizada. Decantada pelo tempo. Impressa na memória do PM. Um dia. Longe. Testemunhou sem poder esquecer mais. Num outro dia. Depois. Contou, narrou. Sem saber se era possível. Dar conta. A perturbação. A tristeza que sobrou nele. A tristeza que vazava da mãe. Calada durante seu julgamento. Tão cansada. De sua culpa. De não conseguir explicar. De não saber. Mesmo que insistissem. Polícia, delegado, médico, psiquiatra, juiz, promotor, defensor. Repetindo perguntas. As mesmas e outras diferentes. A cabeça vazia de ideias. Como o ventre, ali mesmo no banheiro de casa. Não entendeu também. Burra. Aquele monte de carne e sangue. Que estranho. O que era isso agora. Não sabia. Achou melhor guardar. Depois ia ver. Não agora. E enrolou o bebê em uns panos. Depois ia perguntar para alguém. Aí iria entender. É. Sempre tem alguém que sabe das coisas. Mais do que ela. É. Depois. Dias. O corpo do bebê no armário da cozinha. Ela ainda sem saber. Como. Como tudo podia ser assim. Tão err...

O Fórum

O Fórum da Barra Funda, em São Paulo, é grande e abarca muitas funções burocráticas: há cartórios das muitas Varas Criminais, salas com audiências de processos em andamento, as plenárias onde ocorrem os julgamentos. Muita gente circula pelos corredores: advogados, defensores públicos, promotores de Justiça, funcionários, PMs e pessoas “comuns” – sejam testemunhas, réus ou cidadãos buscando atestados e documentos. É no Fórum onde ocorrem os julgamentos com júri popular de todo o município de São Paulo, exceto os da região de Santana, na Zona Norte.   Lição de casa aprendida: de acordo com o Código Penal Brasileiro só os crimes dolosos contra a vida é que são julgados pelo Tribunal de Júri. São 4: Art. 121 – Homicídio ;